Ao solicitar um crédito automóvel, é normal que as instituições financeiras peçam documentos como os recibos de vencimento e declarações de IRS. Estes comprovativos são essenciais para calcular a sua taxa de esforço. Desta forma, é possível avaliar a sua situação financeira e decidir se é elegível para avançar com crédito ou não.
O que é a taxa de esforço? O que se considera no cálculo da taxa de esforço?
A taxa de esforço é um indicador que permite avaliar a percentagem do rendimento mensal líquido de um indivíduo que se destina ao pagamento das suas prestações de crédito. Este cálculo reflete assim a capacidade que um individuo ou agregado tem para cumprir com os seus compromissos financeiros atuais ou com um produto financeiro que deseja contratar. Quando a taxa de esforço é demasiado elevada isto significa que uma parte significativa do rendimento é direcionada para o pagamento de dívidas. Isto pode dificultar a realização de outros objetivos financeiros, como a poupança ou a aquisição de bens necessários ou ambicionados.
«A taxa de esforço calcula-se dividindo o total das prestações de crédito pelo rendimento líquido mensal do agregado familiar e multiplicando o resultado por 100.»
As entidades financeiras consideram a taxa de esforço como um critério essencial na avaliação da capacidade financeira de um cliente em assumir novos compromissos financeiros, como por exemplo um crédito automóvel, sem comprometer a sua saúde financeira e evitar o risco de sobre-endividamento.
O cálculo da taxa de esforço envolve a análise dos encargos fixos totais do individuo ou agregado familiar em relação ao seu rendimento global. Este indicador permite entender a real pressão financeira do cliente, sendo esta uma forma de avaliar o risco de concessão de um crédito.
Porque que a taxa de esforço é importante?
A taxa de esforço permite às instituições financeiras avaliar a sua capacidade de cumprir com as suas obrigações económicas e evitar situações de endividamento. Segundo o Banco de Portugal, recomenda-se que esta taxa não ultrapasse os 50% do rendimento mensal líquido do agregado familiar, no entanto a mesma fonte incentiva a que idealmente a taxa não seja superior a 33%, ou seja um terço do rendimento líquido total.